quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Consolo

O sol se ergue no horizonte
E imponente joga a sua luz
Que em mim não chega nessa sala escura
Na qual a morte se seduz.
.
O mundo gira, a gente vive
E ri e chora e cresce, aprende
E eu sento e canto, sonho e vejo
Apenas um mundo sem sentido.
.
Por que nada parece
No mundo ter uma razão de ser?
E eu neste mundo confuso
O que, meu Deus, vim fazer?
.
O que houve? Quando me perdi?
Ou será que nunca me encontrei?
E a luz que só passa na janela
Por que na minha vida não vem?
.
Quando nada parece perfeito,
Abro os olhos e busco o claro
Que passa por meus olhos direto
Cegos de dor, que apenas rezam
.
Por um sentido para continuar vivendo
Ou só por força pra viver morrendo
Para que não sofram aqueles que amo
E eu possa fingir, fingir estar vendo
.
Mas fingir já não é o bastante
E eu só quero me abrir, me abrir pro mundo
Pra essa luz que bate à janela
E abro os olhos e ainda, e sempre
.
Me sinto perdida sem o calor dos teus olhos
E sem teus braços me abraçando apertado
E sinto saudades das tuas palavras
E fecho os olhos e volto a rezar
.
Que eu possa abrí-los e agora encontrar
Encontrar amor no teu lindo olhar
E beijar teus lábios, me sentir segura
E ouvir-te dizer que me ama
.
Que não importam o tempo e a distância
Que me roubaram... ou não? Nunca tive
Esse coração que se faz valente
Mas que sofre e teme, e fazem falta
.
Apenas as horas de amizade e vida
Que parecem tão distantes, mas tão perfeitas
Pois a amizade que parecia tão pouco
Faz falta e seria meu maior consolo.

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