Do jeito que eu vejo, existem verdades relativas. Muitas vezes pessoas presenciam o mesmo evento e lembram dele de forma diferente. Por exemplo: um dia eu fui estudar na casa de uma amiga minha e eu tenho certeza absoluta e irrefutável de que fui dormir era 1h da manha, mas meu namorado jura que eram 22hrs... quem tá falando a verdade? Pra mim, sou eu, para ele, ele. E nós nunca vamos saber, porque cada um lembra de um jeito, cada um sabe a sua verdade, e o máximo que podemos fazer, em termos de sinceridade, é sermos fiéis à nossa.
Entretanto, como nem todo mundo é honesto (às vezes dizemos coisas que sabemos não serem verdade) e para vivermos em sociedade, em alguns casos foi necessária a substituição do conceito de verdade relativa por uma verdade "absoluta", provável, aceita pela maioria. Um exemplo é quando um médico resolve abrir um consultório. Qualquer um poderia chegar, dizer que fez faculdade e sair fazendo besteira. Por isso, é necessário que se tenha documentos provando a sua verdade. Ou quando você compra um carro, poderia simplesmente roubar e dizer que comprou. É por isso que são necessárias provas nessas situações, como documentos dizendo que aquilo realmente ocorreu.
Em outros casos, fica difícil estabelecer qual é a verdade "verdadeira" e qual é a inventada; é onde entra o juiz, uma pessoa com o poder de decidir quem está sendo sincero.
De qualquer forma, esse é um assunto muito complexo e de múltiplas facetas... Deixo o restante dos comentários para vocês.
*Baseado em Jerffeson Cunha: Verdade
Mostrando postagens com marcador Reflexões. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Reflexões. Mostrar todas as postagens
segunda-feira, 17 de maio de 2010
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Querer demais

Olho para as teclas e penso... sobre o que escrever? Renúncias. Escolhas. Até onde vale a pena ir para ter o que você deseja? E as pessoas que querem coisas demais? O que acontece com elas? Aquelas pessoas que querem aprender a tocar um, dois, três instrumentos, escrever, estudar, fazer monitoria, fazer projetos, curso disso, curso daquilo, viajar, aprender idiomas, assistir séries... às vezes é preciso aprender a renunciar a certas coisas, estabelecer prioridades.
Uma das coisas mais difíceis de se aceitar é que, por mais que a gente queira e se esforce, nunca conseguirá fazer tudo o que quer. A vida é muito curta para desperdiçarmos nos frustrando por não poder fazer tudo; é curta demais para fazermos cada coisa pensando em todas as outras que gostaríamos de fazer também, e que talvez depois não dê tempo.
Penso naquelas pessoas que foram incríveis em várias áreas diferentes. Elas não fizeram tudo isso em um dia. Foi uma vida inteira, cada coisa de uma vez, degrau por degrau...e acredito que nem mesmo eles fizeram tudo o que quiseram, tudo o que algum dia sonharam.
Existem pessoas por aí que não querem tanto da vida. Algumas até querem apenas aquela única coisa, têm aquele único sonho e lutam a vida toda por ele. Essas pessoas podem ter tudo o que desejam. E há outras como eu, que querem fazer mais coisas em menos tempo do que qualquer ser humano poderia.
Um dia alguém me disse que querer muito não é o problema. As coisas complicam quando temos aquela sensação de que por mais que a gente faça, nunca será suficiente; a lista de coisas a fazer, ou que não fizemos, será sempre muito maior e está sempre crescendo. E essa lista nos impede de aproveitar o que estamos fazendo.
Então eu digo: "Rasgue essa lista! Você não tem obrigação nenhuma de fazer nada disso. E daí se você nunca aprender a patinar no gelo ou tocar bateria? Você seria menos feliz por isso? Seria menos amada por isso? E se um dia você aprender? A vida não acaba amanhã, sabia?" Paro nessa pergunta... e se acabar? e se acabar?
Muitas pessoas querem ter uma vida longa e fazer muitas coisas. Mas para que uma vida longa se não somos capazes de aproveitar o que temos agora? Nem que eu vivesse 150 anos faria tudo o que eu quero, e qual seria o sentido de vivê-los apenas desejando ter mais tempo porque há muita coisa que não fiz? Qual o sentido de perder as coisas que tenho desejando ter mais tempo para ter mais? Eu quero viver muito. Mas quero saber que cada segundo desse muito valeu a pena, que não fiz tudo o que quis, mas aproveitei ao máximo aquilo que fiz. E que no meio disso tudo, tive tempo para aproveitar a vida e estar perto das pessoas que amo.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
E se não importar?
Quando eu era pequena, tinha esse sonho de ser cantora; de estar em cima do palco com milhares de pessoas ali, me ouvindo, cantando junto, pulando, dançando, gritando. Hoje em dia, a parte do milhares de pessoas ou do palco não me importa mais. Cantar ainda é uma parte da minha vida e sempre vai ser, mesmo que só "no chuveiro" ou olhando pela janela. Mas eu não gostaria de viver disso ou para isso. Não conseguiria largar a faculdade, estar cada dia em um lugar diferente, girar todo o meu mundo em torno disso. Isso se eu chegasse lá.
Sempre gostei de escrever. Meus pais me incentivavam. Algumas pessoas se espantavam com o que eu escrevia aos 9 anos. E isso não mudou enquanto eu crescia. Meus poemas eram elogiados por praticamente todos a quem eu mostrava; até os meus professores de Literatura diziam que eu tinha talento. Mesmo assim, eu parei. Acabei associando os poemas a uma fase meio escura da minha vida. Nunca consegui superar isso. Entretanto, senti muita falta de escrever ano passado, por isso estou tentando voltar.
Pensei muitas vezes em publicar os poemas da minha adolescência; cheguei até a reuní-los sob um título: "Metamorfose". Mas nunca consegui. Acho que tinha medo das pessoas não gostarem. Mesmo com tanta gente me dizendo quão boa eu era, e se "o mundo" não achasse o mesmo? E se ninguém quisesse ler? E se ninguém lesse?
Desde que criei esse blog, tenho entrado todos os dias, bem como na conta do hitstats (contador), querendo que ele faça sucesso, torcendo para que as visitas aumentem. Por quê?
Sinto que eu estou em algum lugar no caminho entre a menina que criou esse blog para ser conhecida e conseguir elogios para alimentar o próprio ego (ou aumentar um pouco a auto-estima) e a mulher que entende que sucesso e fama não são coisas pelas quais vale a pena lutar.
Talvez eu só quisesse fazer a diferença, deixar minha marca no mundo. Eu queria que as pessoas sentissem ao ler meus poemas o que eu sinto ouvindo Avril Lavigne, algumas músicas do The Calling, "Imagine" do John Lennon e inúmeras outras bandas. Sabe aquela sensação de que a letra foi feita para você, ou mesmo por você? Ou quando ela tem o poder de te deixar inspirado, dar força para lutar pelos seus sonhos, ou apenas te faz parar e refletir sobre algo por um momento? Talvez eu quisesse que as pessoas sentissem isso quando lessem meus poemas. Ou ouvissem minhas músicas (se algum dia eu tiver coragem de mostrá-las). Mesmo os poemas tristes, eu gostaria que alguém se apegasse a eles, sabendo que não está sozinho, e que depois pudesse discutir com eles e rir da cara deles, dizendo: "Eu superei essa fase!", como eu fazia com as músicas do Simple Plan.
Talvez eu só quisesse fazer a diferença, deixar minha marca no mundo. Eu queria que as pessoas sentissem ao ler meus poemas o que eu sinto ouvindo Avril Lavigne, algumas músicas do The Calling, "Imagine" do John Lennon e inúmeras outras bandas. Sabe aquela sensação de que a letra foi feita para você, ou mesmo por você? Ou quando ela tem o poder de te deixar inspirado, dar força para lutar pelos seus sonhos, ou apenas te faz parar e refletir sobre algo por um momento? Talvez eu quisesse que as pessoas sentissem isso quando lessem meus poemas. Ou ouvissem minhas músicas (se algum dia eu tiver coragem de mostrá-las). Mesmo os poemas tristes, eu gostaria que alguém se apegasse a eles, sabendo que não está sozinho, e que depois pudesse discutir com eles e rir da cara deles, dizendo: "Eu superei essa fase!", como eu fazia com as músicas do Simple Plan.
Só que eu queria isso com milhões de pessoas. Eu queria ser notada por ter esse efeito na vida das pessoas, sonhava que meu nome entrasse para as suas vidas. Talvez uma parte de mim ainda queira isso. Essa parte entra no Hitstats todos os dias. Outra, começa a entender que isso não importa muito. E se eu não conseguir afetar a vida de milhões de pessoas diretamente, ou não ficar conhecida por isso? Eu costumava pensar que era meu dever fazer do mundo um lugar melhor (não sozinha, claro). Eu pensava que eu tinha que ajudar as pessoas a ser melhores, acreditar nelas, influenciá-las a ter uma vida melhor, a ser a melhor versão delas mesmas. Ainda penso que isso é importante e algo que gosto de fazer. Eu gosto quando ajudo uma amiga a superar um problema e fico feliz de ser parte disso. Eu gostaria muito que o que eu escrevo pudesse ajudar milhares de pessoas. Mas e se não puder? E se só ajudar uma pessoa? Valeria a pena por ela. Mas e se não afetasse ninguém? Se não importasse para ninguém? Foram essas perguntas que me impediram de criar esse blog mais cedo. E por que agora? Não sei... Talvez eu tenha começado a perceber que isso já mudou uma vida: a minha. Escrever me ajudou a lidar com muita coisa. Ler também. E principalmente ouvir música, e me refiro aqui às letras, que, como os poemas, contos e crônicas são palavras reunidas com um sentido. E se eu tiver a chance de fazer parte disso para alguém? Mesmo que eu nunca fique sabendo, ou mesmo que não importe para ninguém além de mim, para mim importa e eu acredito nisso. É tudo o que eu posso fazer agora. Acreditar que vai importar para mais alguém. E se não? Tudo bem... O blog vai ficar aqui por muito tempo, talvez um dia...
Talvez eu não devesse estar publicando isso, mas escrever é a minha forma de lidar com minhas confusões, e se eu não ficasse à vontade para postar isso aqui, de que adiantaria tudo isso?
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Pedacinhos

Eu sinto como se a gente fosse formado por inúmeros pedacinhos. Cada pessoa que entra na nossa vida deixa um pedacinho com a gente. Nós os carregamos todo o tempo e eles ajudam a formar quem somos. Da mesma forma, toda vez que entramos na vida de alguém, deixamos algo com ele(a). É por isso que nunca estamos realmente sozinhos. É claro que nem todos os pedacinhos são bons, mas todos eles trazem um aprendizado, uma lição. E no final do dia, o que mais importa é que aqueles pedacinhos vão estar sempre ali, não importa o que aconteça. E fica o desejo de que eu esteja deixando meus melhores pedacinhos com voces!! =DD
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Originalidade

Eu não sou a única pessoa que já foi assaltada. Ou que pintou o cabelo de roxo, ou confundiu uma goiaba com manga. Também não sou a única que tem namorado, faz faculdade, tem amigos ou é revoltada com a situação do nosso país. Mas com certeza sou a única que viveu todas essas coisas (e muitas outras que não caberiam aqui) juntas e da forma que eu vivi.
Se você parar pra pensar, praticamente tudo o que você já fez ou sentiu, outras pessoas também fizeram ou sentiram. É como se fôssemos conjuntos diferentes montados com elementos comuns. É isso que faz com que sejamos tão diferentes, originais, e semelhantes ao mesmo tempo.
Da mesma forma, eu não fui a primeira pessoa a escrever sobre amores platônicos, mudanças e superação. Nem fui a primeira a rimar passado com enterrado ou vencer com esquecer (pelo menos eu acho que não). Mas acredito que fui a única a juntar essas palavras, nessa estrutura, com esse sentido, para escrever o poema "Fênix". E isso pra mim é originalidade.
Todos somos originais, cada um à sua maneira, e ao mesmo tempo tudo o que fazemos é de alguma forma inspirado em coisas feitas por outras pessoas, ou em idéias alheias.
Não tenho nada contra idéias novas, mas não é isso que procuro quando escrevo. O que quero é encontrar o meu jeito de expressar experiências e sentimentos universais.
Resolvi publicar o que escrevo aqui para que alguns de vocês, que já passaram pelo que eu passei ou tiveram as mesmas dúvidas possam saber que não estão sozinhos. E para que aqueles que discordarem ou não se identificarem (os que quiserem, claro) possam conhecer um novo ponto de vista e entrar na mente dessa criança-menina-mulher que vos escreve.
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Ano novo
Eu sempre me perguntei qual é o lance do ano novo. Por que as pessoas avaliam suas vidas, fazem promessas e desejam coisas sempre no dia 31/12 ? Não é como se a gente tivesse completando mais um ano... se é pra rever nossa vida de ano em ano, por que não no aniversário? É no dia 17/10 que nasce um ano novo pra mim. É nesse dia que eu fico mais velha e deveria avaliar minhas atitudes. É nesse dia que eu deveria fazer promessas e pular 3 ondas...Então, por que o ano novo?Esse ano eu encontrei a resposta pra minha pergunta. O ano novo marca uma mudança na nossa vida muito maior que qualquer aniversário, e olha q eu acabei de fazer 18!! Mas é com a entrada de um novo ano que a gente muda de escola, de turma, de cidade, entra na faculdade, faz novos amigos... Em 2009 minha vida mudou muito: saí de casa, entrei na faculdade... foi um ano difícil, de altos e baixos, mas os altos com certeza se sobressaíram... conheci pessoas maravilhosas, sem as quais nao imagino mais minha vida e que me ajudaram a superar tudo e chegar onde eu estou. Quero terminar o ano desejando a essas pessoas, do fundo do meu coração, um FELIZ ANO NOVO!! Que 2010 possa trazer pra vocês também toda a paz, saúde e esperança que eu peço pra mim e minha família. Que possa encher a vida de vocês de sonhos e realizações e, acima de tudo, felicidade.
Equilíbrio
Vou começar esse blog com um texto que escrevi para o perfil do orkut e algumas pessoas elogiaram:
Eu acredito que EQUILÌBRIO é uma das coisas mais importantes na vida, e também uma das mais difíceis de se conseguir. Ninguém nasce sabendo andar; aprendemos aos poucos a distribuir nosso peso sobre as duas pernas, ficar em pé, andar em linha reta, correr...Da mesma forma, ninguém nasce sabendo até onde devemos abrir nossos corações, ou protegê-los. Ninguém nasce sabendo até onde devemos nos entregar às emoções ou deixar a razão comandar. Ninguém nasce sabendo que não se deve viver apenas pra estudar, mas que isso é uma parte importante na vida. Aos poucos vamos aprendendo a encontrar o meio-termo das coisas, a distribuir o tempo entre aquilo que queremos e o que devemos fazer, equilibrar nossas emoções, nossa dieta, nossa rotina com fugir dela de vez em quando... Mas, assim como no nosso corpo, nada disso é estático; vivemos em um equilíbrio dinâmico, onde vamos demais para um lado, entao exageramos para o outro pra compensar, até que esses exageros se tornem cada vez menores possam aparecer nas horas certas. É aí que encontramos o equilíbrio entre razão e emoçao, pensar e agir, ouvir e falar. E isso pode ser determinante para a nossa sobrevivência na corda-bamba da vida.